às vezes olhar além, sem apontar o horizonte
Simplesmente olhar além para saber o que virá.
Nem tudo carrega poesia consigo, mas a poesia está lá, sempre ao lado de tudo que acontece
Só há ausência de poesia quando não se existe, mas mesmo assim, haveria uma sábia frase "do poeta" que diria
que o nada só existe porque houve um tempo em que tudo era sobre-julgado.
Hoje, olhar além é saber que depois do agora, a tendência é acumular para depois
e não se resolver tudo em um simples Final Feliz, até porque eu começo a acreditar que não temos fim.
Onde estão os sábios quando preciso deles?
Onde estão os grandes pensadores quando precisamos de um conselho?
Eles escreveram. Lá está a chave para suas respostas.
Descobri que nada vem de graça e se você quer encontrar resposta tem um longo caminho pela frente.
Como seria se tudo estivesse em uma resposta curta e fácil?
A vida seria resumida em facilidades que tirariam da vida o verdadeiro sentido da existência que é tentar entendê-la.
Além de todas essas voltas que estou dando nesse texto, pretendo lançar também uma idéia que vem me perseguindo há dias: O que é o oposto do amor?
Posso eu relacionar essa pergunta ao que propus até agora nesse texto? Talvez.
Isso porque disseram os escritores tanto sobre o amor, que pensaram os leitores que liam a verdade literal.
O amor não é o que dizem os escritores e poetas em seus livros e textos. Ele é mais e ultrapassa entendimentos concretos.
Arrisco dizer que o oposto do amor é a ausência de amor, pura e simplesmente.
Muitos diriam o ódio, mas essa idéia já abandonou a minha cabeça há um bom tempo. Isso porque o ódio prova em suas públicas aparições que tem uma ligação tão grande com o amor, que não seria correto julgar que eles estivessem tão longe um do outro.
A frieza na minha opinião é o intermédio entre o amor e sua ausência.
Não a frieza de sentimentos, mas a de ações, e é nisso que está a diferença da minha idéia. Não parto do princípio de que o amor é um simples sentimento, mas que ele é um sentimento carregado nas e das atitudes que o envolvem.
A complexidade dele vai muito além do sentir ou não sentir.
Sua complexidade está em um campo transcendente às mentes humanas, que resumem tudo isso que é o amor em um sentimento puro e bonito, por não acharem palavras melhores e por medo de mancharem a imagem dele.
O amor é feio? Talvez. Depende de quem o possui, depende de quem o vê, depende sempre do "quem" envolvido na história.
Mas com certeza não serei eu a dizer algo ruim de algo tão poderoso e tão carregado de segredos, que ele mesmo, pouco a pouco conta implicitamente a cada um de quem ele se aproxima. De uma forma quase inocente, que de tão inocente nos convence a não pensar a respeito.
Amar é bonito, amar dói, amar é ao mar. Viagem.