quarta-feira, 26 de agosto de 2009

A última que morre...






Circo de horrores





Sarney brinca com a paciência do senado e da população.





O poderoso chefão manda, desmanda e ainda ameaça com possíveis acusações.



Quantos podres têm os senadores?



O sigilo de Sarney vale a sua permanência?



O silêncio saiu caro...







Expulso? De onde?





Agora foi a vez de o cartão ser notícia. Mas não o corporativo (ninguém negaria com tanta veemência se fosse).









Dessa vez, foi o cartão vermelho, símbolo no futebol de expulsão (e mais uma vez alguém que quer aparecer usa essa paixão nacional. para exemplificar algo.) que figurou no senado.



Suplicy, apesar de não partilhar do apoio e nem da confiança de muitos brasileiros, simbolizou a vontade da maioria de ver o presidente do senado fora do cargo apresentando o cartão ao presidente da casa, que não estava presente. Algo digno do flash das câmeras. Embora o que tenha ficado do ato tenha sido a discussão, após a “expulsão”, com Heráclito Fortes que disse que Suplicy não estaria sendo sincero em seu ato e que deveria ter coragem de apontar o cartão a Lula, segundo ele o responsável por toda a baderna que ocorreu.







Conselho de ética





Na terça feira, 25 de agosto de 2009, os membros do PSDB e do Democratas abandonaram o conselho de ética como uma forma de protesto contra o arquivamento das 11 acusações apresentadas pelo colegiado contra o presidente do senado, José Sarney.



Agora o Senado provavelmente terá seu conselho de ética reformulado a partir de proposta que PSDB e Democratas devem apresentar. Apesar da proposta provavelmente ter alguma modificação futura antes que seja aprovada (se for aprovada e se for feita realmente) já trás em sua matriz grande vantagem, já que no “novo conselho” não seria aceito nenhum integrante que tiver sido processado criminalmente, que tenham suas contas rejeitadas pelos tribunais de contas ou que sejam suplentes. Resumindo, não haveria gente de conduta duvidosa no conselho de ética.







Renovação. De olho em 2010.





Longe de mim, querer sugerir alguma coisa, mas não estaria na hora dos cidadãos brasileiros tentarem começar uma renovação?





Os problemas são sempre os mesmos (apesar de terem conseguido piorar as coisas atualmente), porque os que estão no poder são os mesmos. Então, que tal variar (sem radicalismos de eleger Heloísa Helena por favor) com consciência e começarmos a mudar o rumo que o Brasil está tomando?



Vamos começar a pesquisar sobre a trajetória dos candidatos, para podermos de fato dizer ao fim da próxima eleição sem dor na consciência que fizemos o melhor que pudemos nas urnas.



Não é pedir muito, porém, enquanto essa renovação não acontece, que aqueles que estejam no senado, na câmara dos deputados, na presidência, ou em qualquer cargo que seja a representação do povo no poder, exerçam sua função com decoro e ética, pensando no bem do povo que já está cansado de ser ignorado e que os elegeu com essa finalidade.





Será que é isso que queremos para o nosso país? Um circo onde os palhaços (nós) assistem mágicos tirarem acusações da manga e dinheiro do povo?



Se realmente quisermos isso, estamos no caminho certo.









Mas creio que todos nós queremos muito mais que isso e vamos começar a cobrar mais e a fazer valer o direito de cidadão que temos, afinal, somos brasileiros e não desistimos nunca.





domingo, 23 de agosto de 2009

Geração Placebo?


Comodismo



O pessoal dessa nossa época, geração iPod, MP(n) e outras tantas tecnologias anda um pouco perdido.



Pensando friamente, uma visão que se pode ter é que essa geração define-se como uma Geração Placebo.



Eu explico:



Geração Placebo seria uma geração que se diz capaz de grandes feitos, se apoiando em uma imagem criada por uma geração anterior. Ou seja, não faz o que diz ser capaz de fazer. Só pensa que faz.



Exemplo?


Viajemos dos anos 80 para a atualidade.



Nos anos 80 toda a juventude revoltada com a situação da ditadura, se arriscava tentando protestar. Fosse por meio da música ou por meio de manifestações em praças públicas, sempre tentavam fazer com que sua voz fosse ouvida por todos. Ainda que o governo abafasse o grito logo em seguida, aquele som ficaria na cabeça de todos que ouviram, fazendo sentido e chamando para aquela causa que era defendida.




Que se dane?



Hoje, quando questionados sobre a política, jovens não têm uma posição crítica e nem se dizem interessados em entender o que se passa entre aqueles que definem o que acontece em seu país.




O senado na cova dos leões?...


Deveríamos jogá-los à cova dos leões, assim como fizeram com Daniel? Eles amanheceriam para dizer que as bocas dos leões foram fechadas por um Deus que os julgou inocentes? (Talvez se fosse o Deus ao qual Edir Macedo serve, poderiam tentar comprar o julgamento ou pedir que o processo fosse arquivado)




Mas o que quero dizer com esse longo e confuso texto (confuso como a situação do nosso país) é que tudo isso ocorre bem embaixo de nossos narizes, porque deixamos que acontecesse. Onde está o patriotismo que aparece para quem quiser ver na época da Copa do Mundo?





Como nós seremos o futuro da nação, como todos dizem a plenos pulmões, quando estamos seguindo exatamente o que querem de nós?


Querem que tenhamos indiferença pela política, que não tenhamos peito de contestar, que tenhamos desinteresse por toda a situação que vive nosso país e que entreguemos o futuro dos nossos futuros filhos a políticos que dizem estarem pouco se lixando para a opinião pública.


Não vamos deixar.


Nós devemos nos lixar para o que é feito lá.


Pois o lá se reflete aqui num piscar de olhos.




Ou será que essa geração pode mesmo ser chamada de geração placebo, podendo apenas esperar pelo declínio do Brasil e sentir saudades de gerações que fizeram de tudo para que o país fosse um lugar melhor de se viver?



(Não vale abaixo assinado no Orkut, ok?)

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Remissão dos Pecados


O padre nos pede paciência e o Papa diz que as coisas vão melhorar. Enquanto isso, o pastor nos pede dinheiro, pra que Deus ajude.




As coisas estão difíceis e como sempre,


a moeda de troca da Igreja é a pobreza.



Nunca veremos o Papa visitando a Suíça, nem a Noruega, nem nenhum país que tenha um nível de vida elevado.



Isso tudo pode ser explicado por um simples motivo.


A Igreja quer sempre vender seu produto aos desesperados: Alguma esperança à qual possam se agarrar.



“Deus não gosta de pobre. Pobre é que gosta de Deus.” Disse Marcelo Nova, saudoso Marceleza.


Coberto de razão.



Edir Macedo seria um santo?


O Santo dos Golpes Baixos.



Quem imaginou que um dia ouviriamos quase que uma confissão inconsciente de um “religioso”, de que a religião é apenas uma fonte de dinheiro?


(O pior é que como no resto do mundo, essa fonte gera muito dinheiro para concentrá-lo na mão dos poderosos e jamais para dar aos pobres.)



“dos pobres será o paraíso...”


Que a igreja abra bem os olhos, porque depois desse tiro pela culatra que Edir Macedo deu assim como tantos vêm dando, o povo não vai mais engolir essa conversinha mole.



A idéia agora é que, se o reino do céu é para os pobres, prefiro juntar dinheiro aqui e tentar negociar meu lugar no paraíso em suaves prestações.


Deus não ajuda a quem paga?


Pois então...




Nunca ficou tão evidente como agora, as verdadeiras intenções da igreja.



Seja evangélica ou seja católica; a filosofia é a mesma. Apenas o discurso muda. (e o tom de voz também.)



Pague suas promessas,


Pague seus pecados,



Mas antes de tudo, pague o dízimo.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Álibes do Pânico



São várias as formas de pânico que assolam inúmeras pessoas por todo o mundo, mas nenhum pânico é maior do que o medo da solidão. Muitos tentam esconder por trás de suas armaduras e máscaras, mas ninguém escapa à noite da escuridão que invade o coração de quem está só.
Sentado aqui exatamente nesse momento, eu me vi totalmente sozinho. Somos apenas seres racionais, o que não nos dá a menor vantagem sobre nenhum tipo de animal da face da Terra. Nem mesmo os mais ínfimos.
Daria eu qualquer coisa para ter a dádiva da irracionalidade e uma curta memória que não me deixasse lembrar as coisas pelas quais eu já passei. Assim, a dor da solidão nesse vasto mundo cheio de devoradores de sonhos seria bem menor. O medo é uma coisa normal entre os seres humanos, mas com certeza a idéia de terminar uma jornada de anos num habitat tão vasto como nosso planeta sozinho não soa como um final feliz pra ninguém.
Qualquer pessoa, por mais anti-social que seja quer no futuro, nem que seja por um tempo, ter alguém ao seu lado segurando suas mãos quando precisar de contato com alguém. O mais interessante é que as pessoas têm vontade de ter alguém que possa protegê-las, mal sabendo que essa proteção necessária é a proteção contra a solidão.
Sempre que questionado sobre a situação, alguém que tem um companheiro ou companheira irá reclamar das coisas que lhe incomodam no outro, mal sabendo que no inconsciente, todos nos apoiamos nos defeitos dos outros que nos cercam. É com o erro que se aprende, mas ninguém nunca disse que tem que ser necessariamente com o nosso erro que aprenderemos, logo cairemos no pior dilema: Queremos alguém ao nosso lado para nos ajudar, mas sob o preço de ter várias desavenças, ou queremos permanecer sozinhos sem ter certeza se seremos apoiados quando necessário?
Esse é o preço de viver. Contradições e muitos dilemas. Sozinhos somos fortes ou juntos somos imbatíveis? Qual é melhor? O que queremos realmente no fundo do nosso coração? Força ou conjunto?
No momento, eu quero apenas proteção.
Quero que me protejam da solidão.
Quero amigos, abraços e braços.

"Aquele abraço!"
Marcelo van Petten