quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Ideais já!


"Da lama ao caos, do caos à lama"

- Palavras de Chico Science, saudoso!


Palavras sábias...

Será que se aplica à realidade?


Olhemos para o cenário político brasileiro.


Estávamos na lama a alguns anos atrás e decidimos revolucionar.

Colocamos no poder um partido de esquerda("Será?" Todos se perguntam hoje.). Festa por todo o país e estrelinhas vermelhas em todo canto.


Vitória?

Só se foi uma vitória pessoal para Lula, já que um presidente sozinho não faz o país mudar.


A população em 2002, quando elegeu Lula não parou pra pensar no seguinte fato: O presidente não aprova projetos sozinho, assim como sozinho ele não tem como mudar muita coisa.


Quando queremos mudança total e essa mudança é representa pelos ideais de um partido, o que cabe aos eleitores fazer é colocar no poder, efetivamente, aquele partido. Presidente e todo o resto.


Do que adianta Lula aprovar projetos que o senado repleto de membros da oposição não aprovará? (Diga-se de passagem que o senado não votou nenhum projeto no ano de 2009.)

Isso é nadar contra a correnteza, mesmo que a correnteza não faça nada além de atrapalhr seu percurso.



Ou seja, fomos da lama, representada pela época do fim do mandato FHC e suas burocracias, ao caos, representado pela eleição de um presidente de esquerda num país onde a maioria dos políticos no poder é de direita.


Vivemos nesse caos atualmente e vemos tanta coisa acontecendo no poder que nos remete à idéia que o caos começa a voltar a ser lama.

O povo começa a pensar que não há forma de melhorar essa situação ruim que o país vive. Ou seja, que estamos na lama novamente.


Essa analogia que acabei de fazer pode parecer meio confusa, mas reflita.


"Voltamos à lama" porque na hora de mudar radicalmente o país, lá na eleição de 2002, o povo não mudou radicalmente. Apenas trocou o personagem principal do governo, o presidente.




"Brasília... uma prisão ao ar livre"

Clarice Lispector


Clarice nos atentou para o fato que viria refletir hoje. Mas na ignorância à cultura, nem reparamos e foram eleitos os mesmos que juramos não confiar mais.


Collor e Sarney são, a meu ver, o suficiente para ilustrar o que disse.

Brasileiros realmente tem memória curta...


Mas eu, assim como o pessoal novo que vem crescendo em meio a tantos escândalos, a tantas barbaridades, a tantas pizzas, temos nas mãos o poder de mudar isso.

Eu acredito que existe consciência política atualmente. Que só precisamos despertá-la em nós.



Vamos começar então a pensar melhor. Quando quiser uma linha de idéia no poder, não eleja apenas um, pois infelizmente uma andorinha não faz verão. Vista a camisa do que você acredita e eleja um ideal.


Temos que parar de pensar pequeno e começar a cobrar.

A voz do povo tem que contar com todo sussurro possível, porque senão pode não ser ouvida.

E se a voz do povo, que é a voz de Deus, não for ouvida, os que ainda têm fé irão crer em quê?


Ideais já!!!

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