terça-feira, 23 de agosto de 2011

O sonho de uma certa flauta

Nos mostrar como somos distantes,
Como os montes têm formas que não entendemos
Que prosas e propostas a vida nos guarda
Que jeito nosso nos trará
Que ironia nos levará

Do beijo de boa noite, só
Um sonho na insônia de haver mais noites como essa
Noites de olhos abertos,
Noites sem sonhos de vidas atrás,
Vidas à frente.

Sem mais para o momento, as paredes silenciam os ouvidos
Não mais com o que se preocuparem
Estamos a sós, a distância e sós.
Leio meu pensamento, progredi.
Leio pensamentos agora, acredito.
Contra a parede.
Aflitos, aflitude, altitude. O mundo num vôo de balão,
Veja formigas, nós, lá embaixo entre tantos nós.

Sonho que parece verdade é a vida,
O link do sonho com a realidade é um clique dos olhos, piscar.
O dia já não parece metade, parece 3 quartos. Meu quarto.
Fermata por quanto tempo for possível. Desafino sobre mim.
Girar em torno de si, se olhar no espelho e não saber quem é que se vê
Conflito gera conflito, que leva a entendimento.
Calamos diante do espelho, portanto, somente depois de muito tempo.

O analista é pra saber quem eu sou. Mais conflito, mais espelho. Fermata. Desafino novamente.

Somos semente do que ainda virá
Ou seja, só o tempo fará a vida brotar de forma plena em nós.
O relógio corre e nós esperamos nessa esperança.
Tchau.

2 comentários:

  1. Bem, é muita informação. Texto denso, preciso digerir uns três dias. Assim que tiver uma opinião formada te falo. Abração.

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  2. "Noites de olhos abertos,
    Noites sem sonhos de vidas atrás,
    Vidas à frente."

    "Girar em torno de si, se olhar no espelho e não saber quem é que se vê
    Conflito gera conflito, que leva a entendimento.
    Calamos diante do espelho, portanto, somente depois de muito tempo."

    Bonito, forte, sentimental.

    E o título é maravilhoso!

    "O sonho de uma certa flauta"

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