terça-feira, 23 de agosto de 2011

O sonho de uma certa flauta

Nos mostrar como somos distantes,
Como os montes têm formas que não entendemos
Que prosas e propostas a vida nos guarda
Que jeito nosso nos trará
Que ironia nos levará

Do beijo de boa noite, só
Um sonho na insônia de haver mais noites como essa
Noites de olhos abertos,
Noites sem sonhos de vidas atrás,
Vidas à frente.

Sem mais para o momento, as paredes silenciam os ouvidos
Não mais com o que se preocuparem
Estamos a sós, a distância e sós.
Leio meu pensamento, progredi.
Leio pensamentos agora, acredito.
Contra a parede.
Aflitos, aflitude, altitude. O mundo num vôo de balão,
Veja formigas, nós, lá embaixo entre tantos nós.

Sonho que parece verdade é a vida,
O link do sonho com a realidade é um clique dos olhos, piscar.
O dia já não parece metade, parece 3 quartos. Meu quarto.
Fermata por quanto tempo for possível. Desafino sobre mim.
Girar em torno de si, se olhar no espelho e não saber quem é que se vê
Conflito gera conflito, que leva a entendimento.
Calamos diante do espelho, portanto, somente depois de muito tempo.

O analista é pra saber quem eu sou. Mais conflito, mais espelho. Fermata. Desafino novamente.

Somos semente do que ainda virá
Ou seja, só o tempo fará a vida brotar de forma plena em nós.
O relógio corre e nós esperamos nessa esperança.
Tchau.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

O preço dos sorrisos.

Das lágrimas fez-se o sorriso
E do riso, o pranto, dor.

E onde está a glória de sorrir se as lágrimas não passaram por teus olhos?

O valor do sorriso se mede com a intensidade com que ele abate a dor que nos afligia.
Sempre que vejo um sorriso, tento olhar nos olhos. Às vezes é lá que a dor se refugia.
O sorriso mente. Mas a glória de sorrir, essa existirá sempre, eternamente.
Sentiremos sempre a importância do sorriso, a partir do momento que conhecermos bem as lágrimas.

Eu não sei se é bom, mas as lágrimas levam embora tudo que podem daquilo que pesa em nós.
O sorriso é o resultado da nossa balança interior se equilibrando. O triunfo momentâneo sobre a tristeza.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Processo criativo

Ninguém encontra o que realmente quer dizer pensando a respeito.

No momento em que você pensa em querer dizer algo, o que é dito perde o valor.
Palavras devem simplesmente sair da nossa boca, jamais serem formuladas.
Quem pensa para falar, fala para fazer.
O tesão se foi.

A graça do impulso é o que nos faz querer sempre nos superar.
Num susto, deixamos palavras acontecerem ou dizemos nos gestos, simplesmente.

Quem formula demais não sabe o que diz.
Nesse momento, não apago nenhuma frase que escrevo, apenas paro de digitar com as duas mãos para um cupido das idéias e das palavras.
Saúde. (falta limão).