quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Por dois motivos

Você e eu.

Simples?
Complicado infinitamente
Mas tão simples, que dá medo de escapar como um assobio de admiração.

Eu não o faço por dois motivos.

sábado, 3 de dezembro de 2011

O amor e nós

O amor carrega várias faces de um mesmo sentimento
Arrisco dizer que ele é um conjunto da obra. Não se trata de um lampejo, onde repentinamente se ama ou não.
Todos tentam descrever o amor, alguns preferem não mexer com ele, outros tantos ficam sempre próximos, mas  com certo receio. Eu digo que é impossível não seguir o coração quando se trata de alguém especial.
Seres passionais como eu, como você, se você se identificou, no geral, tendem a enfiar os pés pelas mãos. Fazem com maestria.
Mas se quem está conosco soubesse como a gente se sente mal depois das burradas... Se soubessem que nosso estado é grave, porque no nosso caso, nós fazemos algo que vai nos machucar depois. E saber que estamos nos machucando por nossas próprias mãos é algo terrível.
Alguns dizem que trocariam tudo por ser diferente. Alguns outros, que não mudariam em nada. Ainda há quem queira transformar o outro em um ser como nós somos.
Eu só mudaria duas coisas simples do cotidiano. O nascer do Sol, pelo seu sorriso, e o seu pôr, por um beijo seu.
Basta para que vivamos bem, o amor. Não o amor comercial ou o fútil. Mas o amor em sua essência.
Hoje o Sol nasceu e seu sorriso ainda não veio pra mim.
Mais tarde, o pôr do Sol está em suas mãos. Eu peço à vida para nunca mais ver o Sol se pôr.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Citação

Já disse Cazuza: "O amor é o ridículo da vida. A gente procura nele uma pureza impossível, uma pureza que está sempre se pondo. A vida veio e me levou com ela. Sorte é se abandonar e aceitar essa vaga ideia de paraiso que nos persegue, bonita e breve, como borboletas que só vivem 24 horas. Morrer não dói." e eu digo que morrer é não ter respeito a si mesmo.
Faço minhas suas palavras, poeta.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

O sonho de uma certa flauta

Nos mostrar como somos distantes,
Como os montes têm formas que não entendemos
Que prosas e propostas a vida nos guarda
Que jeito nosso nos trará
Que ironia nos levará

Do beijo de boa noite, só
Um sonho na insônia de haver mais noites como essa
Noites de olhos abertos,
Noites sem sonhos de vidas atrás,
Vidas à frente.

Sem mais para o momento, as paredes silenciam os ouvidos
Não mais com o que se preocuparem
Estamos a sós, a distância e sós.
Leio meu pensamento, progredi.
Leio pensamentos agora, acredito.
Contra a parede.
Aflitos, aflitude, altitude. O mundo num vôo de balão,
Veja formigas, nós, lá embaixo entre tantos nós.

Sonho que parece verdade é a vida,
O link do sonho com a realidade é um clique dos olhos, piscar.
O dia já não parece metade, parece 3 quartos. Meu quarto.
Fermata por quanto tempo for possível. Desafino sobre mim.
Girar em torno de si, se olhar no espelho e não saber quem é que se vê
Conflito gera conflito, que leva a entendimento.
Calamos diante do espelho, portanto, somente depois de muito tempo.

O analista é pra saber quem eu sou. Mais conflito, mais espelho. Fermata. Desafino novamente.

Somos semente do que ainda virá
Ou seja, só o tempo fará a vida brotar de forma plena em nós.
O relógio corre e nós esperamos nessa esperança.
Tchau.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

O preço dos sorrisos.

Das lágrimas fez-se o sorriso
E do riso, o pranto, dor.

E onde está a glória de sorrir se as lágrimas não passaram por teus olhos?

O valor do sorriso se mede com a intensidade com que ele abate a dor que nos afligia.
Sempre que vejo um sorriso, tento olhar nos olhos. Às vezes é lá que a dor se refugia.
O sorriso mente. Mas a glória de sorrir, essa existirá sempre, eternamente.
Sentiremos sempre a importância do sorriso, a partir do momento que conhecermos bem as lágrimas.

Eu não sei se é bom, mas as lágrimas levam embora tudo que podem daquilo que pesa em nós.
O sorriso é o resultado da nossa balança interior se equilibrando. O triunfo momentâneo sobre a tristeza.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Processo criativo

Ninguém encontra o que realmente quer dizer pensando a respeito.

No momento em que você pensa em querer dizer algo, o que é dito perde o valor.
Palavras devem simplesmente sair da nossa boca, jamais serem formuladas.
Quem pensa para falar, fala para fazer.
O tesão se foi.

A graça do impulso é o que nos faz querer sempre nos superar.
Num susto, deixamos palavras acontecerem ou dizemos nos gestos, simplesmente.

Quem formula demais não sabe o que diz.
Nesse momento, não apago nenhuma frase que escrevo, apenas paro de digitar com as duas mãos para um cupido das idéias e das palavras.
Saúde. (falta limão).

domingo, 31 de julho de 2011

Ser humano

O ser humano é fantástico
É capaz de vender seu tempo a troco de nada
É capaz de perder a razão por coisa alguma
É capaz de amar e manter o amor longe
É capaz de machucar quem ama
É capaz de se machucar por quem ama
É capaz de muito que não seria capaz de imaginar
O ser humano é fantástico
O ser humano é, de lado, desprezado
O ser humano, somos nós, entregues
Capazes de tanto, trocamos por tão pouco
E pouco a pouco nos deixamos a troco de nada
Ser humano é ser, apático, fantástico, longe.

Não queremos, quase nunca, sermos humanos
Queremos ser felizes
Somos, portanto, capazes de querer sermos menos.

sábado, 23 de julho de 2011

Aos 27


"É tão estranho, os bons morrem jovens" Renato Russo.
O nosso poeta conseguiu sintetizar tudo nessa frase. Parou o sofrimento e a falta que a morte de ídolos, que nos deixaram tão cedo, deixaram.

Aos 27, Joplin. Aos 27, Hendrix. Aos 27, Morrison. Aos 27, Cobain. Hoje, em seus 27, Winehouse.

Sem muito o que dizer, dizer apenas que ela viveu em seu tom. Em seu modo de vista, seu estilo de vida. Nada mais. A voz afinada e as vezes com um tom de ironia hoje decretou silenciosamente, se foi.

Nós, meros mortais, como fãs, podemos apenas desejar que enfim ela descanse da ressaca que lhe assolou por um tempo.
Sem pudor. Com poder? Pode ser. Sem medo.

"Back to black."

terça-feira, 28 de junho de 2011

A sociedade dos poetas mortos

Hoje se reúnem em uma mesa de bar com Ice a vontade e se discute qual o lado favorece mais a franja que se está usando, uma garota olha para a conversa e a música está pronta para ser feita.
Antigamente se sentavam em círculos para tomar vinho barato ou conhaque e falar da vida, dali saiam idéias geniais.

Hoje se canta o amor com vozes de criança que nunca teve tempo de viver o texto que foi escrito.
Antigamente cantavam o que havia acontecido, ou seja, viviam realmente.

Hoje ouvem antigamente e dizem: preto e branco demais
Antigamente ouviriam o hoje e diriam: prefiro preto e branco.

Hoje cores estão nos cabelos de todos e a música ficou em 2° plano.
Antigamente a tinta no cabelo não passou despercebida a Eduardo, mas ele preferiu não comentar, e a melodia estava num plano de fundo.

Hoje tentam substituir o antigamente por algo que não se sabe o quê. Música trocada por cor e cabelo.
Antigamente, partiram das próprias idéias, depois de ter idéias realmente.

Hoje o antigamente viria muito bem a calhar. Daí sim, amanhã, olharíamos para a nossa geração como uma geração que vale a pena acreditar.

sábado, 25 de junho de 2011

Descobri.

                                                                    Marcelo van Petten
Descobri que opostos não se atraem
Descobri que o que é dito nem sempre é feito
Descobri que nem sempre valor, nem tampouco amor, se mede pelas palavras
Descobri que a vida não depende do resto do mundo
Descobri que a beleza está nos olhos de quem vê
Descobri que o mundo é de quem quer tê-lo
Descobri que "o amor é um sentimento dos imperfeitos, posto que nos leva à perfeição"
Descobri também que a religião não faz falta a ninguém
Descobri que deuses somos nós mesmos
Descobri que respeito se adquire
Descobri que amizade se descobre
Descobri.
Ah, e descobri que quando você se descobre, abre as portas para que quem te ama te descubra.
Dentre tantas outras coisas que descobri, eu descobri que tenho me reinventado
E dentre tantas reinvenções em mim, tantas mudanças que sei que preciso fazer, 
Redescobri o que é ser feliz.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Brilho. Sorria, ilumine.

Hoje é seu aniversário. Seria. Sorria, ilumine.
Lágrimas apagariam as poucas velinhas.
Sofrimento traria um clima no qual você não gostaria de estar.
Sorria, ilumine.

Direcionei agora toda a energia de paz e tranquilidade que eu acho que tenho a você.
Hoje é/seria seu aniversário e é da cozinha que vem esse aviso.
De que o dia em que costumavam todos te desejar muitos anos de vida, hoje sabem que você transcendeu isso e será (na verdade É) eterna.
Do teu brilho do céu, tiramos aquele brilho que outrora emanava pelo sorriso.

Sei que hoje é um dia em que a cozinha está mais triste, mas com plena consciência de que o teu brilho e a tua força não sumiram e nem irão sumir.
De onde estiver, receba um abraço como o do meu sonho em que você esteve. Receba esse abraço carregado de paz e tranquilidade.
E esse é um pedido sincero: continue olhando por todos nós.
Hoje, que é, seria, seu aniversário, eu não desejo isso, eu afirmo, seu brilho é eterno.
Apareça nos sonhos quando quiser.