sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Breve metáfora.

O que será de nós?
Reles mortais que ousam dizer o que fazer ou não de nossas próprias vidas?
Quem somos nós para lutar contra a desalmada vida, que não sente culpa em destroçar um coração ou dilacerar um sonho como quem joga uma folha de papel no lixo?

Sem compaixão, somos abandonados sempre a vagar pelo mundo em busca de um propósito que nunca vamos encontrar.

Certo é aceitar cegamente o que chamam felicidade? O sucesso. A boa relação social. Os elogios. A falsidade. A inveja alheia.

Você pode conseguir tudo que é vendido como felicidade, mas sempre vai saber que falta uma parte sua nessa felicidade. Porque na verdade, ao entrar num quarto sozinho, você se depara com sua verdadeira condição de existência.
A vida não se deliciaria se você não estivesse sozinho. Ela tem que nos dar algo que pode certamente nos tirar quando quiser, pois em algum momento estaremos sozinhos.

O escuro da vida é a parte em que nos encontramos melhor com nós mesmos.
Eu me encontro comigo no escuro da vida, ou como preferem alguns, na noite.

O silêncio gritante do mundo só consegue me dizer o que fazer, quando pode ser ouvido como um sussurro.

Todos ouvem, mas alguns preferem ser indiferentes. Eu não. E sofro.

Mas quem não sofre nesse mundo?
Retomando o começo do texto, para sofrer, basta estar vivo.
A vida garante, sempre com um toque de sarcasmo e ironia que você pense nela no fim do dia com um copo na mão.

Façamos então o jogo da vida.
Você já pensou na vida hoje?
Eu me deparei com ela de repente, e com todas as desilusões que já me deu e todas as injúrias que já disse a seu respeito, devo dizer que vista de perto ela é simplesmente linda!