quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

O Ser Narciso - Um pouco de reflexão -

Há pessoas que simplesmente não merecem que se dê valor demais. 
Podem dizer que eu sou uma dessas pessoas, mas nunca vou me supervalorizar.
Às vezes, o melhor é ser Narciso. E quero mais é que me ouçam dizer isso. O melhor é ser Narciso.


Quem se sobrepõe ao oposto, nega a sua face verdadeira.
Ser quem se é não deve nunca se esconder atrás do que querem que você seja, por isso, quando alguém não lhe aprovar ou mesmo não te der o devido valor que você acha que deveria, seja simples e direto, vire as costas e vá embora da vida dessa pessoa. 


Quando ela se der conta do quanto perdeu provavelmente será tarde e você vai poder falar olhando em seus olhos que agora que você pôde se ver por meio de outra pessoa, pode perceber o quanto os outros são equivocados e como você anda triste.


Portanto o melhor, infelizmente, às vezes é ser Narciso.
Mesmo que vá se afogar buscando a sua beleza, nunca deixe de admirá-la, porque ninguém pode fazer isso melhor que você.


Lembramos que Narciso acha feio o que não é reflexo, mas esquecemos que nem sempre nosso reflexo se vê refletindo.


Não gostaria, mas no fim desse texto devo fazer alusão ao Espelho dos Desejos, uma lenda que diz que há um espelho que reflete o que queremos ver.
Faço alusão a essa lenda, porque ela é adequada ao tema que venho dizendo por meio dessas linhas. O espelho reflete, mas não sabe o que isso significa pra quem vê. Sabe que propicia parte da realização de um desejo, mas não sabe às vezes que aquele desejo é o início do que você realmente gostaria de ver e viver.




segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Felicidade

"E o que é a busca felicidade se não a tentativa de evitar a dor?"

Uma coisa um pouco contraditória me chamou a atenção hoje.
Muitas pessoas dizem: "É impossível ser feliz sozinho."
Outras, depois de experiências que dizem o oposto da afirmativa acima, dizem o que eu disse nesse texto: "Ser feliz seria viver com a ausência da dor."

Porque mesmo os mais otimistas sabem que qualquer sentimento desencadeia os outros e isso, pra quem não quer sofrer, é uma deixa pra dizer que "É impossível ser feliz de outra forma, que não sozinho."

Eu não concordo nem com um nem com outro modo de pensar.
Eu ainda não desci desse muro, porque é muito alto e eu tenho medo de tentar e me machucar. Pra eu descer e experimentar esse extremismo de sentimentos o motivo tem que ser muito forte.
Se não desci até hoje, não foi por covardia e sim por perceber que quem apareceu até hoje e me ofereceu a mão pra me ajudar a descer não era razão o suficiente pra eu sair da segurança.

Será que surge um bom motivo pra eu largar a área segura?
Espero que sim, mas me preparo pra não. E enquanto eu estiver sem a felicidade dos juntos, tenho pelo menos a segurança dos leigos.

sábado, 5 de dezembro de 2009

É a vida...

É a vida... Na sua face mais cruel, mostra uma beleza inocente. Que tange a infâmia, o que passa despercebido por ser tão efêmera.
Às vezes pode vir tarde demais, mas nunca deixa de comparecer de forma triunfal apenas como algo natural 


A vida vem e nos leva com ela com uma consistência que se assemelha à ira divina (dos Deuses pagãos).
Mas somos pagãos. Todos.


De onde veio a vaga idéia de que um dia poderíamos controlar nossos atos?
Eu pergunto e sei que ninguém vai dizer o contrario.
Alguém já planejou e executou tudo de forma tão fiel que se sentisse obedecendo cegamente a ordens?


Sempre que chega a hora de enfrentar qualquer situação que seja, da cama à cozinha, todos nós nos adaptamos à situação e saímos do roteiro que havíamos criado para aquele tipo de circunstância.




Vivemos diariamente situações que nunca poderiam ser previstas exatamente como acontecem. 
Estamos sujeitos a acontecimentos aleatórios no nosso ambiente.
Nossa parte é sairmos da melhor maneira possível disso tudo.




"Somos carne
Frágeis, carne
Somos alma 
Fortes, na calma"






Mas como diria a canção, o que é a vida? Diga lá, meu irmão... (mas somos pagãos)




sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Breve metáfora.

O que será de nós?
Reles mortais que ousam dizer o que fazer ou não de nossas próprias vidas?
Quem somos nós para lutar contra a desalmada vida, que não sente culpa em destroçar um coração ou dilacerar um sonho como quem joga uma folha de papel no lixo?

Sem compaixão, somos abandonados sempre a vagar pelo mundo em busca de um propósito que nunca vamos encontrar.

Certo é aceitar cegamente o que chamam felicidade? O sucesso. A boa relação social. Os elogios. A falsidade. A inveja alheia.

Você pode conseguir tudo que é vendido como felicidade, mas sempre vai saber que falta uma parte sua nessa felicidade. Porque na verdade, ao entrar num quarto sozinho, você se depara com sua verdadeira condição de existência.
A vida não se deliciaria se você não estivesse sozinho. Ela tem que nos dar algo que pode certamente nos tirar quando quiser, pois em algum momento estaremos sozinhos.

O escuro da vida é a parte em que nos encontramos melhor com nós mesmos.
Eu me encontro comigo no escuro da vida, ou como preferem alguns, na noite.

O silêncio gritante do mundo só consegue me dizer o que fazer, quando pode ser ouvido como um sussurro.

Todos ouvem, mas alguns preferem ser indiferentes. Eu não. E sofro.

Mas quem não sofre nesse mundo?
Retomando o começo do texto, para sofrer, basta estar vivo.
A vida garante, sempre com um toque de sarcasmo e ironia que você pense nela no fim do dia com um copo na mão.

Façamos então o jogo da vida.
Você já pensou na vida hoje?
Eu me deparei com ela de repente, e com todas as desilusões que já me deu e todas as injúrias que já disse a seu respeito, devo dizer que vista de perto ela é simplesmente linda!

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Até que ponto?




Ser ou não ser? Eis o embate!!!


É impressionante como pais tentam espelhar suas frustrações no futuro dos filhos.

Quem não teve capacidade de ser engenheiro, quer ver os menores da família morrendo de estudar para terem o título.
Quem queria ter sido médico, tenta convencer os menores a lidar com a vida alheia.
E assim é em todos os segmentos profissionais.

Bem, será que alguém já parou pra pensar: "O que será que ele (ou ela) vai querer ser quando tiver maturidade para escolher?
Vale a pena investir em algo que não me encha os olhos como pai ou mãe coruja?

Será que o futuro de cada um não deveria estar nas mãos de quem irá vivê-lo?

Quando é que os pais devem ajudar ou influenciar na escolha dos filhos?

Se é direito de todos estudar, se não tem condições, tendo ajuda financeira dos responsáveis, será que é direito da família dizer o que vale a pena ou não ser cursado, e assim escolhendo o que bancará ou não de acordo com o curso?


Daí no futuro, vemos a televisão anunciando: "Venha ser professor!" e pensamos: "Será que tem alguém que quer isso?"
Sabe que a resposta pode estar dentro de casa?
Quem sabe, seu filho ou filha pode ter sonhado em ser professor, mas não o fez para atender às suas expectativas egoístas e seletivas?

Bem, a educação deve ser universal. Isso é sabido por todos. Será mesmo?

Questão 1 - Escolha:
(  )  Realizar-se
(  )  Submeter-se

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

A união que faz a força, nós.



Candidatos em sintonia
Aécio e Serra essa semana durante a cerimônia de inauguração do Espaço Minas Gerais, centro de negócios do governo mineiro na capital paulista, se mostraram cúmplices até em cima do muro. O fato é que nenhum deles sabe ainda quem será “o cabeça” da chapa, mas ambos se dizem prontos a apoiar o outro na campanha caso seja o vice. Demonstraram também que estão afiados quando o assunto é criticar o presidente Lula, quando deram declarações que remetiam à compulsiva arrecadação de impostos por parte da União.
Está certo que o governo de Lula não é excelente, mas daí a iniciar uma campanha que nem começou ainda com acusações ao invés de demonstração de pretensões de melhoria é demais.
Estão demonstrando insatisfação de forma afobada e até mesmo passando a idéia de que temem os “companheiros” ganhando as eleições.
Resumindo: Preocupem-se com a campanha de vocês. O povo pode decidir se o governo petista foi bom ou não.
Pré Sal
Muito cedo pra falar a respeito, mas a poeira baixou e o governo começou a ceder, tirando a urgência que pedira sobre o assunto.
Descobrindo o Brasil... (ironia presente)
Essa semana foi definido que a Internet será liberada na campanha eleitoral.
O presidente do senado (me nego a dizer o nome dele) disse que é impossível controlar a internet.
Comentário: Descobriu o Brasil hein presidente.
Será que ele realmente pensava, antes de chegar a essa conclusão óbvia, numa forma de censurar a internet? 

...




Adendo: Deve ter pensado que se ele censurasse, perderia o direito de manter no ar o site que ele criou para melhorar sua imagem, se é que ele pensa que ainda tem uma, com a população.
Comentário pertinente a respeito do site: O presidente se esqueceu de colocar tudo em áudio para que os cegos que entrarem possam saber do que se trata.
Fui mandar meu currículo pro site, mas o pré-requisito era assinar o mesmo sobrenome que o presidente do senado. Requisito que tenho orgulho de não preencher.



...
Voltando ao assunto que é a liberação da Internet para campanha política, peço encarecidamente que não se deixem enganar por belas palavras e nem por boa aparência.
Bons devem ser os antecedentes do candidato e seus planos de governo.
Mas com certeza, devemos nos precaver de uma forma: Todos devemos instalar em nossos computadores um bom antivírus, porque a rede vai começar a ser infectada com a podridão de alguns candidatos.
Portanto, a atenção, o bom senso e a disposição de correr atrás do passado e das pretensões dos candidatos são requisitos mínimos a eleitores que queiram fazer parte de um Brasil melhor.
Chega de apanhar, está na hora de revidar.
Batendo? Não.
Tirando a força que nossos agressores têm: o poder e a memória fraca da população.
E já que temos que mexer com futebol para sermos compreendidos, façamos alusão à música usada em 70 na copa do mundo.
“Todos juntos, vamos. Pra frente Brasil” e assim como naquela competição, sairemos vencedores.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Ensaio de esperança. (Que nos coloquem a prova!)


O Brasil assegurou a vaga na Copa do Mundo de 2010 com três rodadas de antecedência ao fim das eliminatórias contra a Argentina, na casa do adversário.

Viva o Brasil!

Sarney continua no poder do Senado.

Viva o comodismo brasileiro!

Não tem jeito.

Brasileiros valorizam o futebol como uma coisa que ultrapasse a importância do próprio país.

Todos comentam o jogo contra os hermanos, mas ninguém se lembra das 11 acusações contra Sarney, que foram arquivadas graças à votação tendenciosa do conselho de ética após apoio de Lula ao Presidente do Senado.

Ano que vem é ano de Copa do Mundo? Não!

Ano que vem é ano de eleições para presidente, senador, deputado e governador e tem Copa do Mundo.

Quando um país está na situação como está o Brasil, a alguns passos de se consolidar como um país forte em tantos aspectos, é de suma importância que seus cidadãos esqueçam um pouco das diversões e cumpram com seus deveres de cidadão.

Vamos deixar para acompanhar a Copa do Mundo na época da Copa do Mundo, porque independente da atenção que vamos dar a ela, ela acontecerá normalmente. E vamos nos concentrar na eleição de candidatos a cargos importantes como será a eleição de 2010.

A importância que daremos à eleição, sim, influenciará no que vai acontecer no Brasil, que vai incidir diretamente sobre nós.

Censura Nunca Mais!

Quando pensamos que o pior passou e que a época do silêncio tinha acabado, eis que uma velha prática autoritária começa a ser esboçada novamente, a censura!

Após

Querem censurar o uso da web para veiculação de informativos eleitorais para as eleições do ano que vem. Vamos aguardar para saber o que será feito da liberdade de expressão tão preciosa que há hoje em dia.

7 de setembro – Independência ou morte!

Lindos!

É como eu defino aqui os protestos pelo Brasil no 7 de setembro, “comemorado” nessa segunda feira que passou, contra Sarney.

Ondas de protestos se estenderam pelo território nacional e uma parcela da população já começa a dar sinais de que está chegando ao fim aquele povo que aceita tudo calado e de cabeça baixa.

Como eu vinha frisando aqui no blog, essas sucessões de acontecimentos bizarros em Brasília foram ‘as gotas d’água’ para que transbordasse a paciência da população brasileira.

Estaremos nós finalmente acordando após um longo tempo e dizendo ‘Não!’ àqueles que deitaram e rolaram bem debaixo dos nossos narizes?

Tomara que sim.

E podem esperar, porque se o povo realmente quiser, esse país vai passar por uma mudança tremenda de comportamento e dessa forma, com certeza, aqueles que estão no poder vão começar a temer e respeitar o povo brasileiro!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Ideais já!


"Da lama ao caos, do caos à lama"

- Palavras de Chico Science, saudoso!


Palavras sábias...

Será que se aplica à realidade?


Olhemos para o cenário político brasileiro.


Estávamos na lama a alguns anos atrás e decidimos revolucionar.

Colocamos no poder um partido de esquerda("Será?" Todos se perguntam hoje.). Festa por todo o país e estrelinhas vermelhas em todo canto.


Vitória?

Só se foi uma vitória pessoal para Lula, já que um presidente sozinho não faz o país mudar.


A população em 2002, quando elegeu Lula não parou pra pensar no seguinte fato: O presidente não aprova projetos sozinho, assim como sozinho ele não tem como mudar muita coisa.


Quando queremos mudança total e essa mudança é representa pelos ideais de um partido, o que cabe aos eleitores fazer é colocar no poder, efetivamente, aquele partido. Presidente e todo o resto.


Do que adianta Lula aprovar projetos que o senado repleto de membros da oposição não aprovará? (Diga-se de passagem que o senado não votou nenhum projeto no ano de 2009.)

Isso é nadar contra a correnteza, mesmo que a correnteza não faça nada além de atrapalhr seu percurso.



Ou seja, fomos da lama, representada pela época do fim do mandato FHC e suas burocracias, ao caos, representado pela eleição de um presidente de esquerda num país onde a maioria dos políticos no poder é de direita.


Vivemos nesse caos atualmente e vemos tanta coisa acontecendo no poder que nos remete à idéia que o caos começa a voltar a ser lama.

O povo começa a pensar que não há forma de melhorar essa situação ruim que o país vive. Ou seja, que estamos na lama novamente.


Essa analogia que acabei de fazer pode parecer meio confusa, mas reflita.


"Voltamos à lama" porque na hora de mudar radicalmente o país, lá na eleição de 2002, o povo não mudou radicalmente. Apenas trocou o personagem principal do governo, o presidente.




"Brasília... uma prisão ao ar livre"

Clarice Lispector


Clarice nos atentou para o fato que viria refletir hoje. Mas na ignorância à cultura, nem reparamos e foram eleitos os mesmos que juramos não confiar mais.


Collor e Sarney são, a meu ver, o suficiente para ilustrar o que disse.

Brasileiros realmente tem memória curta...


Mas eu, assim como o pessoal novo que vem crescendo em meio a tantos escândalos, a tantas barbaridades, a tantas pizzas, temos nas mãos o poder de mudar isso.

Eu acredito que existe consciência política atualmente. Que só precisamos despertá-la em nós.



Vamos começar então a pensar melhor. Quando quiser uma linha de idéia no poder, não eleja apenas um, pois infelizmente uma andorinha não faz verão. Vista a camisa do que você acredita e eleja um ideal.


Temos que parar de pensar pequeno e começar a cobrar.

A voz do povo tem que contar com todo sussurro possível, porque senão pode não ser ouvida.

E se a voz do povo, que é a voz de Deus, não for ouvida, os que ainda têm fé irão crer em quê?


Ideais já!!!

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

A última que morre...






Circo de horrores





Sarney brinca com a paciência do senado e da população.





O poderoso chefão manda, desmanda e ainda ameaça com possíveis acusações.



Quantos podres têm os senadores?



O sigilo de Sarney vale a sua permanência?



O silêncio saiu caro...







Expulso? De onde?





Agora foi a vez de o cartão ser notícia. Mas não o corporativo (ninguém negaria com tanta veemência se fosse).









Dessa vez, foi o cartão vermelho, símbolo no futebol de expulsão (e mais uma vez alguém que quer aparecer usa essa paixão nacional. para exemplificar algo.) que figurou no senado.



Suplicy, apesar de não partilhar do apoio e nem da confiança de muitos brasileiros, simbolizou a vontade da maioria de ver o presidente do senado fora do cargo apresentando o cartão ao presidente da casa, que não estava presente. Algo digno do flash das câmeras. Embora o que tenha ficado do ato tenha sido a discussão, após a “expulsão”, com Heráclito Fortes que disse que Suplicy não estaria sendo sincero em seu ato e que deveria ter coragem de apontar o cartão a Lula, segundo ele o responsável por toda a baderna que ocorreu.







Conselho de ética





Na terça feira, 25 de agosto de 2009, os membros do PSDB e do Democratas abandonaram o conselho de ética como uma forma de protesto contra o arquivamento das 11 acusações apresentadas pelo colegiado contra o presidente do senado, José Sarney.



Agora o Senado provavelmente terá seu conselho de ética reformulado a partir de proposta que PSDB e Democratas devem apresentar. Apesar da proposta provavelmente ter alguma modificação futura antes que seja aprovada (se for aprovada e se for feita realmente) já trás em sua matriz grande vantagem, já que no “novo conselho” não seria aceito nenhum integrante que tiver sido processado criminalmente, que tenham suas contas rejeitadas pelos tribunais de contas ou que sejam suplentes. Resumindo, não haveria gente de conduta duvidosa no conselho de ética.







Renovação. De olho em 2010.





Longe de mim, querer sugerir alguma coisa, mas não estaria na hora dos cidadãos brasileiros tentarem começar uma renovação?





Os problemas são sempre os mesmos (apesar de terem conseguido piorar as coisas atualmente), porque os que estão no poder são os mesmos. Então, que tal variar (sem radicalismos de eleger Heloísa Helena por favor) com consciência e começarmos a mudar o rumo que o Brasil está tomando?



Vamos começar a pesquisar sobre a trajetória dos candidatos, para podermos de fato dizer ao fim da próxima eleição sem dor na consciência que fizemos o melhor que pudemos nas urnas.



Não é pedir muito, porém, enquanto essa renovação não acontece, que aqueles que estejam no senado, na câmara dos deputados, na presidência, ou em qualquer cargo que seja a representação do povo no poder, exerçam sua função com decoro e ética, pensando no bem do povo que já está cansado de ser ignorado e que os elegeu com essa finalidade.





Será que é isso que queremos para o nosso país? Um circo onde os palhaços (nós) assistem mágicos tirarem acusações da manga e dinheiro do povo?



Se realmente quisermos isso, estamos no caminho certo.









Mas creio que todos nós queremos muito mais que isso e vamos começar a cobrar mais e a fazer valer o direito de cidadão que temos, afinal, somos brasileiros e não desistimos nunca.





domingo, 23 de agosto de 2009

Geração Placebo?


Comodismo



O pessoal dessa nossa época, geração iPod, MP(n) e outras tantas tecnologias anda um pouco perdido.



Pensando friamente, uma visão que se pode ter é que essa geração define-se como uma Geração Placebo.



Eu explico:



Geração Placebo seria uma geração que se diz capaz de grandes feitos, se apoiando em uma imagem criada por uma geração anterior. Ou seja, não faz o que diz ser capaz de fazer. Só pensa que faz.



Exemplo?


Viajemos dos anos 80 para a atualidade.



Nos anos 80 toda a juventude revoltada com a situação da ditadura, se arriscava tentando protestar. Fosse por meio da música ou por meio de manifestações em praças públicas, sempre tentavam fazer com que sua voz fosse ouvida por todos. Ainda que o governo abafasse o grito logo em seguida, aquele som ficaria na cabeça de todos que ouviram, fazendo sentido e chamando para aquela causa que era defendida.




Que se dane?



Hoje, quando questionados sobre a política, jovens não têm uma posição crítica e nem se dizem interessados em entender o que se passa entre aqueles que definem o que acontece em seu país.




O senado na cova dos leões?...


Deveríamos jogá-los à cova dos leões, assim como fizeram com Daniel? Eles amanheceriam para dizer que as bocas dos leões foram fechadas por um Deus que os julgou inocentes? (Talvez se fosse o Deus ao qual Edir Macedo serve, poderiam tentar comprar o julgamento ou pedir que o processo fosse arquivado)




Mas o que quero dizer com esse longo e confuso texto (confuso como a situação do nosso país) é que tudo isso ocorre bem embaixo de nossos narizes, porque deixamos que acontecesse. Onde está o patriotismo que aparece para quem quiser ver na época da Copa do Mundo?





Como nós seremos o futuro da nação, como todos dizem a plenos pulmões, quando estamos seguindo exatamente o que querem de nós?


Querem que tenhamos indiferença pela política, que não tenhamos peito de contestar, que tenhamos desinteresse por toda a situação que vive nosso país e que entreguemos o futuro dos nossos futuros filhos a políticos que dizem estarem pouco se lixando para a opinião pública.


Não vamos deixar.


Nós devemos nos lixar para o que é feito lá.


Pois o lá se reflete aqui num piscar de olhos.




Ou será que essa geração pode mesmo ser chamada de geração placebo, podendo apenas esperar pelo declínio do Brasil e sentir saudades de gerações que fizeram de tudo para que o país fosse um lugar melhor de se viver?



(Não vale abaixo assinado no Orkut, ok?)

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Remissão dos Pecados


O padre nos pede paciência e o Papa diz que as coisas vão melhorar. Enquanto isso, o pastor nos pede dinheiro, pra que Deus ajude.




As coisas estão difíceis e como sempre,


a moeda de troca da Igreja é a pobreza.



Nunca veremos o Papa visitando a Suíça, nem a Noruega, nem nenhum país que tenha um nível de vida elevado.



Isso tudo pode ser explicado por um simples motivo.


A Igreja quer sempre vender seu produto aos desesperados: Alguma esperança à qual possam se agarrar.



“Deus não gosta de pobre. Pobre é que gosta de Deus.” Disse Marcelo Nova, saudoso Marceleza.


Coberto de razão.



Edir Macedo seria um santo?


O Santo dos Golpes Baixos.



Quem imaginou que um dia ouviriamos quase que uma confissão inconsciente de um “religioso”, de que a religião é apenas uma fonte de dinheiro?


(O pior é que como no resto do mundo, essa fonte gera muito dinheiro para concentrá-lo na mão dos poderosos e jamais para dar aos pobres.)



“dos pobres será o paraíso...”


Que a igreja abra bem os olhos, porque depois desse tiro pela culatra que Edir Macedo deu assim como tantos vêm dando, o povo não vai mais engolir essa conversinha mole.



A idéia agora é que, se o reino do céu é para os pobres, prefiro juntar dinheiro aqui e tentar negociar meu lugar no paraíso em suaves prestações.


Deus não ajuda a quem paga?


Pois então...




Nunca ficou tão evidente como agora, as verdadeiras intenções da igreja.



Seja evangélica ou seja católica; a filosofia é a mesma. Apenas o discurso muda. (e o tom de voz também.)



Pague suas promessas,


Pague seus pecados,



Mas antes de tudo, pague o dízimo.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Álibes do Pânico



São várias as formas de pânico que assolam inúmeras pessoas por todo o mundo, mas nenhum pânico é maior do que o medo da solidão. Muitos tentam esconder por trás de suas armaduras e máscaras, mas ninguém escapa à noite da escuridão que invade o coração de quem está só.
Sentado aqui exatamente nesse momento, eu me vi totalmente sozinho. Somos apenas seres racionais, o que não nos dá a menor vantagem sobre nenhum tipo de animal da face da Terra. Nem mesmo os mais ínfimos.
Daria eu qualquer coisa para ter a dádiva da irracionalidade e uma curta memória que não me deixasse lembrar as coisas pelas quais eu já passei. Assim, a dor da solidão nesse vasto mundo cheio de devoradores de sonhos seria bem menor. O medo é uma coisa normal entre os seres humanos, mas com certeza a idéia de terminar uma jornada de anos num habitat tão vasto como nosso planeta sozinho não soa como um final feliz pra ninguém.
Qualquer pessoa, por mais anti-social que seja quer no futuro, nem que seja por um tempo, ter alguém ao seu lado segurando suas mãos quando precisar de contato com alguém. O mais interessante é que as pessoas têm vontade de ter alguém que possa protegê-las, mal sabendo que essa proteção necessária é a proteção contra a solidão.
Sempre que questionado sobre a situação, alguém que tem um companheiro ou companheira irá reclamar das coisas que lhe incomodam no outro, mal sabendo que no inconsciente, todos nos apoiamos nos defeitos dos outros que nos cercam. É com o erro que se aprende, mas ninguém nunca disse que tem que ser necessariamente com o nosso erro que aprenderemos, logo cairemos no pior dilema: Queremos alguém ao nosso lado para nos ajudar, mas sob o preço de ter várias desavenças, ou queremos permanecer sozinhos sem ter certeza se seremos apoiados quando necessário?
Esse é o preço de viver. Contradições e muitos dilemas. Sozinhos somos fortes ou juntos somos imbatíveis? Qual é melhor? O que queremos realmente no fundo do nosso coração? Força ou conjunto?
No momento, eu quero apenas proteção.
Quero que me protejam da solidão.
Quero amigos, abraços e braços.

"Aquele abraço!"
Marcelo van Petten