quinta-feira, 4 de agosto de 2011

O preço dos sorrisos.

Das lágrimas fez-se o sorriso
E do riso, o pranto, dor.

E onde está a glória de sorrir se as lágrimas não passaram por teus olhos?

O valor do sorriso se mede com a intensidade com que ele abate a dor que nos afligia.
Sempre que vejo um sorriso, tento olhar nos olhos. Às vezes é lá que a dor se refugia.
O sorriso mente. Mas a glória de sorrir, essa existirá sempre, eternamente.
Sentiremos sempre a importância do sorriso, a partir do momento que conhecermos bem as lágrimas.

Eu não sei se é bom, mas as lágrimas levam embora tudo que podem daquilo que pesa em nós.
O sorriso é o resultado da nossa balança interior se equilibrando. O triunfo momentâneo sobre a tristeza.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Processo criativo

Ninguém encontra o que realmente quer dizer pensando a respeito.

No momento em que você pensa em querer dizer algo, o que é dito perde o valor.
Palavras devem simplesmente sair da nossa boca, jamais serem formuladas.
Quem pensa para falar, fala para fazer.
O tesão se foi.

A graça do impulso é o que nos faz querer sempre nos superar.
Num susto, deixamos palavras acontecerem ou dizemos nos gestos, simplesmente.

Quem formula demais não sabe o que diz.
Nesse momento, não apago nenhuma frase que escrevo, apenas paro de digitar com as duas mãos para um cupido das idéias e das palavras.
Saúde. (falta limão).

domingo, 31 de julho de 2011

Ser humano

O ser humano é fantástico
É capaz de vender seu tempo a troco de nada
É capaz de perder a razão por coisa alguma
É capaz de amar e manter o amor longe
É capaz de machucar quem ama
É capaz de se machucar por quem ama
É capaz de muito que não seria capaz de imaginar
O ser humano é fantástico
O ser humano é, de lado, desprezado
O ser humano, somos nós, entregues
Capazes de tanto, trocamos por tão pouco
E pouco a pouco nos deixamos a troco de nada
Ser humano é ser, apático, fantástico, longe.

Não queremos, quase nunca, sermos humanos
Queremos ser felizes
Somos, portanto, capazes de querer sermos menos.

sábado, 23 de julho de 2011

Aos 27


"É tão estranho, os bons morrem jovens" Renato Russo.
O nosso poeta conseguiu sintetizar tudo nessa frase. Parou o sofrimento e a falta que a morte de ídolos, que nos deixaram tão cedo, deixaram.

Aos 27, Joplin. Aos 27, Hendrix. Aos 27, Morrison. Aos 27, Cobain. Hoje, em seus 27, Winehouse.

Sem muito o que dizer, dizer apenas que ela viveu em seu tom. Em seu modo de vista, seu estilo de vida. Nada mais. A voz afinada e as vezes com um tom de ironia hoje decretou silenciosamente, se foi.

Nós, meros mortais, como fãs, podemos apenas desejar que enfim ela descanse da ressaca que lhe assolou por um tempo.
Sem pudor. Com poder? Pode ser. Sem medo.

"Back to black."